quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Colheita da Nudez

Me pegue pelo olhar
E, nele, doce se veja
Que, eu, ronda desse mar
Que o corpo seu deseja
Sou este porto de abrigo
Onde seu amor é lei
E, eu, casto e amigo
Me prendo a ele porque sei
Que um amor sem amor
É um castigo de dor.

Colheita da nudez
Nas asas do canto
E em ti me planto
Com a foz da tez
E a voz do encanto.

Se espante com o vento
Que é viajante da festa
Que lhe molha o alento
E lhe arrenda a sesta
Onde o cupido manda
E este amor ciranda.

Colheita da nudez...

Assinado por Renato Cresppo

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