sexta-feira, 28 de abril de 2023

Oblívio no engano X - TESTEMUNHO

Se tudo o que sinto
É solidão
E a dor com que pinto
O coração
Não sei
Mas sei
Que provo essa distância
Entre mim e a tua fragrância.

Dias houve em que foste real
Nas portas do meu olhar
Mas eu como um rural
Não te soube encontrar
No sal do mar.

A noite dos teus cabelos
São o sol do meu tear
Que a sede de tecê-los
Em brocados de luar
Roca o ar

Se tudo o que falha
É a paixão
E a dor que se encalha
Por ilusão
Não sei
Mas sei
Que tudo em mim renovo
Ao provar como te provo

Na doçura da pureza
Na candura da certeza.

Assinado por Renato Cresppo


Verdades parenterais XXVIII

Inteligibilidade no olhar é, no amor, a mais absoluta libertação.

Assinado por Renato Cresppo


Verdades parenterais XXVII

A sonolência do tempo é a altivez de todo e qualquer lamento.

Assinado por Renato Cresppo


Nas teias de uma alucinação delírica - VI - OSCULAÇÃO

Por entre os sopros, as seivas que são lágrimas, vão e voltam, na não complacência dos chiados que são gritos, alumiando inquebrantáveis, quase que implacáveis - estes teus belos lábios que no ósculo se deflagram.

Assinado por Renato Cresppo


terça-feira, 18 de abril de 2023

Verdades parenterais XXVI

A vida que se deduz, é o silêncio da luz que, interiormente, reluz, para nos matar a fome de amor que nos consome com a sua dor.

Assinado por Renato Cresppo


Verdades parenterais XXV

A métrica da vida, em versificação, é o desaguar em potencialidade hidrelétrica.

Assinado por Renato Cresppo