quinta-feira, 7 de junho de 2018

Absurdidades Poéticas - I

Abram-se as portas do absurdo! Proclame-se a dinâmica do caótico onde o caótico é a frustação de um formigueiro que absolve a gravata dos molhos psicóticos. Sinalize-se, com dados viciados, os prognósticos analfabetos das ventosas digitais. Reclame-se, em “outdoors” gigantes, o simbolismo austero da poesia prática. Ensaboe-se os “computers” da biodiversidade com a ginástica polifônica da vírgula verrinosa. Escrevam soluções poluídas com o timbre majestoso do feixe educacional abstrato. Abram alas à futurologia sintética das sínteses programadas em “tablets” de alta costura para que os sons astrais vocabulizem a geometria assimétrica. Sofram com a ciência aguda das incongruências indomáveis e descreva-se, com gols aritméticos, a paixão do seu rouxinol decadente. As alegrias serão cascalho grosso nas ruelas dos estribilhos conflituosos. Que se danem as aventuras do posfácio e a boatice dos prefácios entalados entre o virtual gorduroso e as condolências dos séquitos obtusos. Forremos os vitrais dos olhares oblíquos com as folhas ridículas de um apogeu missionário e, sobretudo, aspirem os aromas camuflados das estantes imortais. O absurdo é o instantâneo fotográfico da soma que o quadrado belicoso desintegra para que a vastidão da insensatez seja um produto informático de viroses apoteóticas. A absurdidade, este absurdo, é um par ambivalente de lentes progressivas.

Assinado por Renato Cresppo