Na pastagem idílica do teu olhar infinito
Há um rebanho de candeeiros nervosos.
Iluminam a árvore frondosa dos amantes
Que florescem no dique das palavras secas,
Esse descritor de páginas acesas
Pelo lastro do fogo que te fecunda o amor
Que em teu peito florido recolhes
Sob o Pégaso de uma luxúria navegante
Que Netuno amansa e Apolo excita
Para que nas veias do teu sangue efémero
Corra a lava vesuviana do eterno pensamento
Plantando nas pétalas do vigor ternurento
A estrela fulminante do teu corpo etéreo.
Assinado por Renato Cresppo