Deslizam pingos de chuva didática
Pelo rosto velho das mortes diárias.
Secam ao sol nas vielas milenárias
E são filhos da mentira simpática.
Soam trombetas da traça profilática
Nos arneiros mentais das ruas agrárias
Onde só se plantam favelas viárias
Graças ao discurso da praga asmática.
Ouvem-se as gargalhadas das plateias
Nos vastos auditórios dos escolhos
Que encalham na febre dos repolhos.
Nota-se o aprumo das velhas teias
Que adoram as crises das suas ameias
E amam as orgias fanáticas dos piolhos.
Assinado por Renato Cresppo
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